Descrição enviada pela equipe de projeto. No apartamento, entramos na casa e estamos na rua, numa arcada interna ou em um peristilo clássico no céu coberto, onde o ar e a luz circulam entre os corpos e os objetos que povoam o espaço. Estamos em casa, com todas as imagens do nosso corpo em segurança, garantidas pela espessura das colunas e pilares, funcionalmente habitadas e cenograficamente atravessadas pela luz, na transição da relação interior e exterior, público e privado, do interior da casa.
O apartamento é organizado por dois corredores laterais como limite, o que elimina toda a função de moradia. Um de natureza íntima, e outro em galeria com infinitos reflexos especulares de extensão espacial, sempre em contato visual com o exterior.
Nos dois corredores - acesso aos dois dormitórios -, localizados nos extremos do apartamento, a história é circular, o passado é literal, e o presente e o futuro estão presentes no pátio que concentra a casa da sala e a cozinha, ali acontece evento social de vida.
Andar é habitar o Intervalo performativo, entre o corpo em progresso, movimento diário e o corpo em repouso, em estado de pura imaginação. É uma espécie de casa circular, onde o lúdico e o lúcido estão em jogo, onde a caminhada põe sonhos e imagens em movimento.
Construir é esculpir a passagem do tempo no espaço. Andar é esculpir o espaço do tempo em movimento. Imaginar é esculpir o espaço do tempo com o pensamento.